O presidente do Governo Regional falava hoje, no Edifício do Campo da Barca, durante a cerimónia de entrega de Prémios PRID a 32 agregados familiares, num investimento global de 632 mil euros, que vai permitir àquelas famílias recuperarem as suas habitações e terem melhores condições de habitabilidade, sem precisarem de sair das suas casas.
Falando aos representantes dos 32 agregados, o líder madeirense assumiu que «é sempre um prazer ajudar as famílias». E recordou que «uma das funções do Governo é garantir o direito à Habitação e criar boas condições de habitabilidade». Algo que vem procurando sempre colocar em prática no exercício da sua vida de serviço público.
«Desde há muitos anos que tenho acompanhado a evolução da habitação na Madeira, particularmente no Funchal. Lembro-me que em 1993, quando cheguei à Câmara do Funchal, ainda havia pessoas a viver em furnas, outras em barracas, outras espalhadas por casebres no Cais do Carvão, no antigo quartel de São Gonçalo, etc», frisou.
Concluído que está esse desafio de retirar as pessoas desses sítios, há agora um novo desafio, conforme assumiu: «Por um lado, melhorar as condições de habitabilidade nas casas mais degradadas e, por outro lado, garantir que as famílias tenham acesso, em todos os concelhos, à habitação a custos acessíveis».
«Hoje, a Madeira é muito atrativa. Temos um conjunto de pessoas que querem viver cá, novos residentes. Não é mau, porque traz dinâmica à Economia. O número de residentes tem vindo a aumentar, o que é bom para as economias locais. Mas, tem a contrapartida dos preços das habitações terem aumentado, devido à procura», admitiu.
Face à atual conjuntura, o Governo Regional está a fazer um enorme investimento, ao abrigo do PRR, de 128 milhões de euros na Habitação.
Assim, lembra que o seu Executivo está a construir, «a concluir até final deste ano, 600 habitações novas, em boas condições para os casais jovens». Até 2026, anuncia, «vamos contar com 800 habitações, em regime de arrendamento acessível em todos os concelhos».
Paralelamente, serão construídas mais cerca de 700 novas habitações a custos controlados, a 30 a 40% do custo do mercado. «Isso fará com que tenhamos, até final deste mandato, no global, mais 1.500 casas», realçou.
Quanto ao PRID, disse ainda serem aqueles apoios muito importantes, porque «cobrem outro tipo de necessidade, que é a de ajudar as famílias no arranjo das suas habitações».
«Hoje, foram ajudadas mais 32 famílias. É muito importante mantermos este programa. Tem grande utilidade, porque as pessoas não precisam de sair das suas casas e têm a possibilidade de fazer a recuperação e melhorias necessárias», concluiu.
Os 32 agregados familiares hoje apoiados vêm dos concelhos do Funchal, Santa Cruz, Machico, Santana, Porto Moniz, Ribeira Brava e Câmara de Lobos.
Desde 2015, já beneficiaram deste apoio mais de 400 famílias, representando um investimento do Governo Regional de aproximadamente 6,1 milhões de euros, sendo que destes, 3,9 milhões de euros foram comparticipados a fundo perdido.
Recorde-se que o PRID é um programa promovido pelo Governo Regional, através da IHM, e trata-se de um apoio financeiro destinado às famílias com fracos recursos económicos, para a realização de obras de recuperação ou beneficiação das suas habitações.