A autorização eletrónica exigida aos cidadãos da União Europeia para entrada no Reino Unido foi um dos temas abordados esta quarta-feira por Sancho Gomes, diretor regional das Comunidades e Cooperação Externa, durante a reunião mantida no Palácio do Governo com os conselheiros da Diáspora Madeirense pela Europa, José António Gonçalves, e pelo Reino Unido, José Silva e Paulo Gouveia.
“A partir de abril de 2025, os portugueses que queiram deslocar-se ao Reino Unido terão de obter uma autorização eletrónica para entrar em solo britânico, à semelhança dos nacionais dos restantes países da União Europeia (EU)”, alertou Sancho Gomes.
Uma nova medida anunciada pelo Governo Britânico, inserida nas políticas de mobilidade de pessoas oriundas dos países da UE. Sancho Gomes explicou que a emissão desta autorização poderá demorar até três dias, e que esta terá uma validade de dois anos.
“Durante dois anos, poderão ser feitas múltiplas visitas ao Reino Unido, ???? até seis meses de duração”, informou, acrescentando que “o novo sistema implica o registo com antecedência de dados pessoais e biométricos por via digital, através de uma aplicação, e o pagamento de uma taxa de 10 libras (cerca de 12 euros)”.
Durante o encontro foram ainda abordadas questões como o funcionamento dos postos consulares no Reino Unido e na Europa, bem como os planos de atividades previstos para cada uma das Comunidades, para o ano de 2025.
O objetivo referiu Sancho Gomes, é acompanhar de perto as nossas Comunidades, perceber quais são as suas necessidades e expectativas, nomeadamente no que diz respeito às atividades desenvolvidas nos países de acolhimento.
De facto, é através das várias iniciativas e eventos organizados pelas Comunidades em países terceiros que se mantém viva a ‘Madeirensidade’, ao promover as nossas tradições, os nossos valores a nossa identidade cultural.
Antes da reunião com os Conselheiros, Sancho Gomes manteve um encontro com o representante da Casa Portuguesa de Mérida, José Luís Cardoso, a quem foi entregue uma oferenda do Governo Regional a esta instituição. Trata-se de uma oferenda destinada ao Santuário de Fátima em Mérida, explicou o governante, que sublinhou a “importância da espiritualidade e da igreja católica enquanto elo de ligação das Comunidades a Portugal e à Região”.