A Floresta Laurissilva da Madeira, reconhecida há 25 anos como Património Mundial Natural pela UNESCO, está em destaque num programa comemorativo promovido pela Secretaria Regional de Agricultura, Pescas e Ambiente e pelo Instituto de Florestas e Conservação da Natureza (IFCN). Sob o lema “25 anos de reconhecimento, milhões de anos de floresta”, as celebrações reforçam o papel deste ecossistema na sustentabilidade e na preservação ambiental global.
O evento central, entre os dias 28 e 30 de novembro, inclui conferências, visitas técnicas e debates, com a participação de especialistas nacionais e internacionais. A Laurissilva, considerada uma relíquia ecológica e biológica, encontra-se em bom estado de conservação, de acordo com os últimos reportes para a Rede Natura, assim como os efetuados pela IUCN - da União Internacional para a Conservação da Natureza - resultado de intervenções que visaram controlar espécies invasoras e reduzir o risco de incêndios. Destaque para a última grande ação realizada em cerca de 296 hectares, com um investimento superior a 1,1 milhões de euros, entre 2021 e 2024.
Destaques do programa
No dia 28, o foco será na capacitação e troca de experiências entre especialistas e técnicos do IFCN em visitas guiadas, que incluem um percurso pela Laurissilva em Santana e infraestruturas sustentáveis na Reserva da Biosfera.
Já no dia 29, aberto ao público mediante inscrição, a programação contempla a cerimónia oficial de abertura com discursos do Presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque, do Presidente do IFCN, Manuel Filipe, e do Diretor para o Património Mundial da UNESCO, Lazare Eloundu, que enviará uma mensagem gravada. O evento também homenageará figuras-chave no reconhecimento da floresta pela UNESCO, como Manuel Bazenga Marques, Paulo Rocha da Silva e Henrique Costa Neves.
Durante o dia, painéis temáticos abordarão a importância ecológica e científica da Laurissilva, com intervenções de investigadores de renome, e o seu papel no desenvolvimento sustentável, destacando iniciativas de conservação e impacto socioeconómico para a região.
No dia 30, os participantes terão uma oportunidade única de explorar a floresta no terreno, em São Vicente, acompanhados por especialistas que discutirão in loco os desafios e sucessos da gestão da Laurissilva.