O Dia Mundial do Braille é assinalado a 4 de janeiro. Este dia, para além de sensibilizar para a importância do Braille enquanto forma específica de comunicação, na plena concretização dos direitos humanos das pessoas cegas, ou com baixa visão grave, reflete uma vontade maior, em prol de uma sociedade que se quer inclusiva e que atenda às diferentes modalidades de aceder à informação e ao conhecimento.
Este dia foi oficialmente proclamado na Resolução 73/161, da Assembleia Geral das Nações Unidas, a 17 de dezembro de 2018, reconhecendo-se, assim, que a promoção dos direitos humanos e liberdades fundamentais, no contexto do acesso à leitura e escrita são pré-requisitos essenciais para a realização desses direitos, por parte deste grupo de pessoas. O primeiro Dia Mundial do Braille foi celebrado a 4 de janeiro de 2019.
No seguimento da relevância desta tão importante data, a Divisão de Acompanhamento à Surdez e Cegueira (DASC), da Direção de Serviços de Educação Especial, encontra-se a organizar uma iniciativa, subordinada ao tema “Musicografia Braille, Outra Forma Ler e Escrever Música”, que terá lugar no próximo dia 9 de janeiro de 2025, entre as 10h00 e as 12h30, no Salão Nobre do Conservatório – Escola das Artes da Madeira, Eng.º Luiz Peter Clode, escola que possui na sua história, o acompanhamento a alguns alunos cegos, realidade que se mantém viva no presente, através da colaboração de profissionais da música que se envolveram nesta vivência específica, de quem vê o mundo de outras formas e que, no momento, articulam com alguns profissionais especializados, da Direção Regional de Educação.
A DASC, conta com a intervenção de uma equipa especializada que acompanha crianças e alunos cegos, com baixa visão e surdocegueira, em estreita colaboração com as Escolas de Referência no Domínio da Visão, legalmente previstas (Decreto Legislativo Regional n.º 11/2020/M, de 29 de julho) e outras escolas e serviços da RAM.
Algumas curiosidades acerca do Braille e da Musicografia Braille:
"A Organização Mundial da Saúde estima que globalmente cerca de 1,3 mil milhões de pessoas vivem com alguma forma de alteração de visão, estando mais propensas a uma vida com desvantagem e de pobreza. O impacto da perda da visão vai mais além do que o prevalecimento de cegueira e/ou a deficiência visual. Para os 39 milhões de pessoas cegas e os 253 milhões que têm deficiência visual, a perda de visão geralmente representa uma vida inteira de desigualdades. As pessoas com deficiência visual geralmente têm menos saúde e enfrentam barreiras à educação e no acesso ao emprego."
(https://unric.org/pt, ONU, 2024).