Miguel Albuquerque quer o segundo meio aéreo na Madeira ainda este ano. O objetivo é, se houver Governo e Orçamentos aprovado, tê-lo já em ação neste verão. Uma intenção deixada bem clara durante as comemorações dos 43 anos do Serviço Regional de Proteção Civil, que decorreram na sede do SRPC, em São Gonçalo.
O presidente do Governo Regional lembrou que, neste momento, está a ser finalizado o projeto para as instalações e as circunstâncias de operacionalização desse segundo meio aéreo, que ficará instalado na sede da Proteção Civil.
Por outro lado, o governante relevou a prioridade que a Proteção Civil tem tido nos seus Governo, tendo assegurado ao novo presidente do SRPC, Richard Marques, o total apoio do Executivo. «Esse apoio – e quero deixar isso bem claro – é para os bons e para os maus momentos. Essa ideia de apoiar só nos bons momentos não é algo que seja inerente à minha forma de governar», garantiu.
O líder madeirense aproveitou ainda para enaltecer «o trabalho extraordinário dos anteriores presidentes da Proteção Civil, que trabalharam consigo».
«Tivemos ocasião de trabalharmos em conjunto, enfrentámos situações bastante difíceis e quero testemunhar que estiveram à altura dos desafios. Neste sentido, em nome da Região,
quero agradecer o magnífico trabalho que desenvolveram. Muito obrigado, a Região ficará eternamente grata ao vosso desempenho», agradeceu.
Agradecimentos que alargou às diversas entidades que colaboram com o SRPC, tendo enfatizado que «a ideia piramidal da Proteção Civil é algo que está ultrapassado». «A Proteção Civil tem hoje uma ação quer proativa quer preventiva transversal a todos os sectores da Sociedade», defendeu.
Na sua intervenção, Miguel Albuquerque disse ainda que «é muito importante aquilo que foi anunciado pelo senhor comandante nas suas ações de estratégia, que são as ações de formação e de sensibilização nos quadros das escolas, no sentido de dotar os cidadãos da capacidade de entender que as suas atitudes ou ações diárias são essenciais para a segurança de cada um»
Miguel Albuquerque recordou ainda que cumpriu com o que prometeu aos bombeiros, sendo que os compromissos não estão ainda consagrados, mas que logo que haja um Orçamento aprovado serão uma realidade, tal e qual foi acordado
O governante salientou ainda o facto de a Madeira ter na Região um dos melhores centros de desenvolvimento e de conceção de drones do País, que é a ARDITI.
Desta forma, a sua ideia é aproveitar todo esse conhecimento técnico e dotar a Proteção Civil de drones concebidos pela ARDITI, entidade que aliás já desenvolve drones para as Forças Armadas Portuguesas.
«A ideia poderia desenvolver-se em duas vertentes: a primeira assentaria em termos drones no terreno para facilitar a deteção de potenciais ou reais acidentes. A segunda seria desenvolver-se drones com motor a combustão, com capacidade de carga, no sentido de ajudar na extinção dos incêndios», explicou.
O presidente madeirense assegura que a Região tem capacidade técnica para desenvolver aqueles dois tipos de meios técnicos.
«Eu quero dizer-vos que a minha intenção passa, logo que for possível aprovar um Orçamento, por realizar um contrato-programa com a ARDITI, para desenvolvermos esses dois tipos de drones», assegurou.
Miguel Albuquerque relevou ainda ser fundamental termos a capacidade de sensibilizar a opinião pública para o facto de o Serviço Regional de Proteção Civil, os corpos técnicos de bombeiros, os organismos de socorro civil, estarem dotados de pessoas, dada a sua formação técnica, que sabem o que estão a fazer.
«Esta desinformação feita à base da cretinice do “achismo”, em que se coloca nas televisões um rol de pessoas que não sabem o que dizem, não têm formação técnica, dizem as maiores barbaridades, tem de ser contrariada. A tendência será para esses narcisistas aparecerem em todo o lado», alertou.
Desta forma, defendeu: «Temos de concentrar a informação credível e sobretudo através de uma forma acessível, também nas redes, explicar ás pessoas como é que estamos a enfrentar a situação. Temos de ter a capacidade de informar, com sangue frio, o que são os procedimentos corretos, de uma forma pedagógica, às populações».