Miguel Albuquerque garantiu hoje que logo que haja Orçamento aprovado irá avançar a regularização e atualização dos apoios aos clubes, associações e atletas. O que irá acontecer no âmbito do Programa Regional de Apoio ao Desporto, a lei-quadro do sector.
O presidente do Governo Regional falava, ao início da tarde de hoje, durante a receção na Quinta Vigia aos atletas e equipas técnicas e dirigentes das associações e clubes que participaram no recente campeonato do mundo de patinagem de velocidade no gelo, em juniores.
Uma cerimónia onde recebeu os quatro atletas madeirenses que participaram naquele campeonato, com destaque para a campeã do mundo, Jéssica Rodrigues, que se fez acompanhar pelo seu treinador Alípio Silva.
Miguel Albuquerque aproveitou para agradecer aos atletas e treinadores a promoção da Região, estendendo os agradecimentos aos clubes e seus dirigentes e também aos familiares. O governante teve ainda oportunidade para salientar as virtudes do desporto, inclusive para o dia-a-dia dos próprios atletas.
O líder madeirense garantiu que os apoios da Região ao Desporto são mais do que justificáveis e anunciou que logo que haja Orçamento também haverá cobertura da pista de patinagem dos Prazeres.
«A cobertura da pista de patinagem dos Prazeres não é só um projeto exequível como é um projeto muito importante. Temos, neste momento, duas pistas operacionais e de boa qualidade, que são as dos Prazeres e do Faial. Devido à cota a que está a pista, muito sujeita às intempéries, precisamos de criar uma estrutura de proteção para determinados meses do ano, no sentido de garantir que os treinos decorrem dentro da normalidade, assim como as competições», explicou.
Segundo o governante, trata-se de «um investimento importante, da mesma forma que é importante, também, melhorar os espaços endógenos, nomeadamente os ginásios, de modo a que os jovens atletas tenham as melhores condições para desenvolverem todas as suas potencialidades, a nível de força, nessas competições internacionais».
O presidente madeirense recordou ainda que «a Região funciona ao nível do desporto com uma lei, que será atualizada logo que haja Orçamento, que é o PRAD».
«O PRAD contempla o apoio ao desporto de forma clara e regular e esse apoio ao desporto é transversal a todos os sectores da nossa sociedade. Nós temos em rácio de atletas/população da ilha um grande sucesso. E temo-lo porque desde o desporto escolar os jovens começaram a praticaram desporto e ter acesso aos desportos», destacou ainda.
Na sua intervenção, fez ainda questão de destacar o papel muito relevante dos clubes, que afirma serem parceiros do Governo na concretização da política desportiva.
«Essa aprendizagem desde a infância, a prática desportiva, assim como a prática nas artes, leva a que a médio prazo se consigam obter resultados como os que temos obtido. A qualidade dos nossos atletas, a sua determinação, a força e o empenho que põem na concretização de objetivos também é de sublinhar. Como a é a qualidade dos nossos treinadores», elogiou.
Questionado sobre a necessidade de se aligeirar os apoios ao Desporto, Miguel Albuquerque recordou que para tal é necessário que haja um Orçamento. «Nunca conseguimos atualizar o PRAD porque não temos Orçamento. Estão sempre a deitar governos abaixo. Com o Orçamento claro que vamos ter o PRAD, os apoios regularizados», sustentou.
A propósito, exemplificou com o que aconteceu no futebol, onde foi feita uma alteração nos apoios ao futebol, em consonância com o que os clubes pediram. «E tem decorrido muito bem», acrescentou.
«Esta lei quadro permite uma auscultação permanente aos clubes e aos treinadores. Há uma execução orçamental, logicamente, mas adaptamos a Lei às necessidades prementes de cada modalidade e dos clubes», resumiu, referindo-se ao PRAD.
A outro nível, defendeu ser importante que o Estado não se esqueça de que os atletas vão às competições internacionais em representação do País. Ou seja, estão também a promover o País.
«No caso, obtivemos para o País o primeiro título de Inverno e Portugal nada tem a ver com o assunto?! É fundamental que as associações, as federações e o Estado português também apoiem os atletas que representem o País. Não é só a Região», instou.
Depois, complementou: «Temos atletas, treinadores, árbitros que representam o Pais ao mais alto nível, em desportos como, por exemplo, a patinagem, o ténis-de-mesa e a natação. Logicamente o Estado português tem de assumir as suas responsabilidades no quadro do desporto de alta competição, que é extensível a todos os cidadãos nacionais. Não pode ser só a Madeira a assumir um custo que é para representação e prestígio do País».