Entrar
Pesquisar
SRF
SRF
DRAP
DRAP
Adirecao
A Direção
Contactos
Contactos
Menu
Governo
Governo Regional da Madeira
SRF
Secretaria Regional das Finanças
DRAP
Direção Regional da Administração Pública
Direcao
A Direção
InstrumentosGestao
Instrumentos de Gestão
Pareceres
Pareceres
Perguntas Frequentes
Perguntas Frequentes
Contactos
Contactos
Entrar
Direito de resposta
Na edição de Domingo dia 20 de Setembro de 2015 do Diário do Notícias da Madeira é apresentado um artigo sobre a decisão do Governo Regional de cortar 15% no valor a pagar pela prestação de serviços radiofónicos de 13 das rádios locais madeirenses, a que se junta uma profunda diminuição do espaço a utilizar por parte do Governo da programação de cada uma das rádios.
15-10-2015
Assuntos Parlamentares e Europeus
Se o trabalho incidisse numa abordagem subjetiva, como já aconteceu, nada teríamos a objetar. Títulos como “Rádios poderão não resistir aos cortes”, ou “ Diretores das Rádios estão preocupados com o seu futuro”, são perspetivas dramatizadas, porém legítimas. O artigo deste Domingo traz algo de novo. Tem imprecisões graves que não podem passar em claro.
No título fala-se em exigências polémicas por parte do Governo, respeitante à alteração dos contratos. Alude ao facto de se contratualizarem “24 horas por ano da programação em cada uma das 13 rádios locais madeirenses.” É estranho que haja uma queixa neste sentido até porque o contrato que as rádios, incluindo a TSF do grupo do DN, assinaram há mais de uma década exige neste particular “incluir na sua programação diária material publicitário da Região” bem como “a Rádio obrigar-se a ocupar no mínimo, sessenta minutos da sua programação semanal”. O que quer dizer que, no mínimo, as rádios tinham até aqui de disponibilizar 52 horas anuais, sendo que o máximo nem sequer estava definido.
Os contratos que o Governo quer mudar, se fielmente executados, transformariam a Região e as Rádios em centrais de propaganda, o que não é de todo admissível.
Na notícia apresenta-se igualmente a indignação por se pedir “ programas sobre temáticas de âmbito regional com impacto nas comunidades abrangidas”, alegando que tal extrapola o âmbito das rádios, visto que estas são apenas locais. Mas não há memória desta mesma empresa ter ficado incomodada com o contrato original quando este exigia “publicitar informações e esclarecimentos aos seus ouvintes sobre os atos normativos mais relevantes, oriundos da Assembleia legislativa Regional e do Governo Regional”, ou mesmo “realizar programas sectoriais” e “promover debates de temas e ou sessões consideradas atuais, de forma a esclarecer a opinião pública” através da “ realização de entrevistas com membros do Governo Regional”. Ou seja, o âmbito local que a EDN aceita são entrevistas patrocinadas por, e para, os membros do Governo Regional (antigo), a tal lógica de propaganda que o atual Governo rejeita. Mas a normativa agora proposta já provoca escândalo….
Por outro lado se o Diário lembra que as Rádios são locais, porque faz tanta força para que o Governo Regional as “apoie” através de contratos de prestação de serviço? Não deveria fazer estas exigências às instituições locais?
O Diário protesta também com a “antecedência de apenas dois dias às rádios sobre a data de transmissão do conteúdo a emitir”. Relembre-se que é exatamente a antecedência prevista no atual contrato que a estação radiofónica deste matutino assinou há mais de uma década de livre vontade, e que nunca protestou.
O lamento que consta na notícia prossegue afirmando que se obriga “as rádios a disponibilizar os seus recursos próprios para gravação do conteúdo e é responsável pela sua programação e emissão” alegando que se “imputa custos às rádios, nalguns casos de difícil previsão, que podem atingir somas incomportáveis”.
Os contratos que as empresas de radiodifusão assinaram e nunca contestaram incluem que “o seu conteúdo [dos programas] e programação são da responsabilidade da Rádio”. Ou seja, os custos supostamente incomportáveis, que o Diário se queixa, já existiam exatamente da mesma forma mas com uma exigência de conteúdo muito maior. Além de muito mais indefinido, pois o máximo de espaço de emissão contratado ficava em aberto, como já referido.
Por outro lado faz-se uma alusão à lei da Rádio onde no “artigo 13.º (...) está escrito que o “Estado organiza um sistema de incentivos à atividade de rádio de âmbito local, previsto em lei própria”. Ora, este sistema nada tem que ver com os contratos de prestação de serviço a que se refere esta redução. O sistema de incentivos que a Lei prevê é subsidiado diretamente pelo Governo da República, previa 90 mil € para a Madeira este ano, não tendo curiosamente a EDN apresentado qualquer candidatura. Como se pode queixar se não se candidatou?
É estranho que o Diário se bata, e bem, por uma redução dos encargos públicos noutros domínios, e mesmo no âmbito da Comunicação Social, mas quando estão em causa verbas que de que também beneficia já utiliza uma bitola menos rigorosa.
Não faz sentido que o total gasto até final de 2014 ascenda a mais de 8 milhões de euros, em contratos desta natureza. Como justifica-lo aos contribuintes, ainda mais em tempos de míngua, bem como a todos os outros sectores igualmente afetados por restrições? Além disso o Governo recusa ter à sua disposição o enorme “tempo de Antena” que estava previsto nos contratos que, se executados, transformaria as rádios e a Região em autênticas centrais de Propaganda. O que esperamos é que o Diário, como entidade responsável que é, esteja em sintonia com esta rejeição.
O Governo tem o firme propósito de defesa do interesse público, quer seja no apoio à comunicação social de proximidade, quer diga respeito à utilização do dinheiro dos contribuintes, sem incoerências.
O que não faz sentido é que as rádios se sintam suficientemente amparadas com os contratos com o Governo Regional, de modo a que as iniba de procurar outras parcerias comerciais.
A Empresa Diário de Notícias EDN é uma parceira, como o são todos os outros agentes de comunicação privados. Continuará a ser tratada de forma paritária juntos com as restantes publicações escritas ou estações radiofónicas, com o objetivo de fundo de garantir a sobrevivência do sector, numa base de razoabilidade.
O Secretário Regional dos Assuntos Parlamentares e Europeus
Sérgio Marques
Autor:
Por favor, use apenas texto simples.
Email:
feedback:
Por favor, use apenas texto simples.
Fechar
Anexos
Descritores
SRAPE
Rádios locais
DN
Direito de resposta
Este sítio utiliza cookies para facilitar a navegação e obter estatísticas de utilização. Poderá consultar a nossa Política de Privacidade
aqui.
Aceitar todos os Cookies
Aceitar apenas os cookies essenciais