Segundo o documento da Organização Mundial de Saúde de 2007 “Legionella and the prevention of legionellosis”, o termo genérico “legionelose” é utilizado para descrever as infeções causadas pela Legionella pneumophila e outras bactérias do mesmo género. A gravidade da legionelose varia de uma doença febril leve (febre de Pontiac) para uma forma potencialmente fatal de pneumonia (doença dos legionários), que pode afetar qualquer pessoa, mas afeta principalmente aqueles que são suscetíveis devido à idade, imunossupressão, doenças e outros fatores de risco, como tabagismo. A Legionella pode ser encontrada em muitos ambientes aquáticos naturais e artificiais como torres de arrefecimento, sistemas de água (em hotéis, residências, navios e indústrias), equipamentos de terapia respiratória, fontes ornamentais, dispositivos produtores de aerossóis e piscinas tipo “spa”. A infeção resulta da inalação de aerossóis contaminados com a bactéria, que transportam a bactéria até aos pulmões, potenciando a sua deposição nos alvéolos pulmonares. A Legionella é também causadora da pneumonia nosocomial nos estabelecimentos de saúde, especialmente em pacientes imunocomprometidos.
Com o objetivo de prevenir o risco de proliferação e disseminação de bactérias do género Legionella, A Direção Regional da Saúde iniciou em 2010 um Programa de Vigilância Sanitária à Legionella pneumophila, que inclui a monitorização , entre outros, de estabelecimentos de saúde, balneários de piscinas públicas e unidades hoteleiras.