MENSAGEM
A nossa Diáspora é o nosso principal ativo no mundo. Na Região somos 260 mil, mas no mundo somos mais de 1,5 milhões de madeirenses e descendentes de madeirenses que perpetuam a nossa identidade cultural, honram a nossa história e os nossos antepassados.
No XV Governo Regional, o grande objetivo para a Direção Regional, que agora assumo, é dar continuidade ao trabalho que tão bem vem sendo desenvolvido, nas diversas áreas de intervenção.
Antes de mais, é nossa ambição reforçar as relações com as comunidades madeirenses, promovendo seu empoderamento assente na importância social, cultural, promocional e económica.
As nossas gentes a viver no estrangeiro são mesmo o nosso maior ativo! A identidade cultural, de que essas comunidades são simultaneamente herdeiras e guardiães, assenta na preservação da língua, da cultura, das tradições e dos valores madeirenses, razões pelas quais pretendemos continuar a apoiar essas manifestações, bem como desenvolver políticas ativas que o garantam.
E, porque apenas teremos comunidades se conseguirmos aproximar e interessar os lusodescendentes para esse legado e essa herança identitária madeirense, serão continuados os projetos já em curso e serão encetados outros.
Tradicionalmente, a Madeira foi uma Região de emigração. Na balança migratória, fomos sempre território de partida. Com a chegada da Autonomia e o consequente desenvolvimento económico-social, o panorama sociológico das migrações alterou-se. Hoje, a emigração estancou, o saldo inverteu-se definitivamente e passamos a receber mais imigrantes, fruto do crescimento económico da RAM.
A Região também é um porto de abrigo para emigrantes e luso-descendentes que retornam à terra natal, reestabelecendo-se, formando famílias e investindo na Região.
É, por isso, essencial aprofundar o trabalho do governo anterior, desenvolvendo medidas que facilitem a integração, em termos de informação, educação, proteção social, integração no mercado de trabalho e apoio ao investimento.
Também é crucial que a Região aproveite as competências desses migrantes, seja no nível das habilitações académicas e conhecimentos que trazem, seja no empreendedorismo e capacidade de investimento. É, igualmente fundamental empoderar estes quadros, garantindo-lhes os mesmos direitos políticos e de cidadania que são concedidos aos residentes tradicionais.
Mas como esta Direção Regional tem, igualmente, a cooperação externa, é nosso objetivo fortalecer, agilizar e potenciar as geminações já estabelecidas e estudar outras, com vista a garantir um verdadeiro multiculturalismo, com evidentes benefícios para a promoção da afirmação da identidade madeirense, a promoção turística, a captação de investimento estrangeiro e, ainda, a internacionalização do tecido empresarial madeirense.
Continuaremos a ser uma Direção Regional focada nas pessoas, sempre de portas abertas, prestando um serviço de proximidade, procurando garantir a perpetuação da ‘Madeirensidade’ no mundo. Da mesma forma manteremos o nosso empenho em acolher, integrar e promover todos aqueles que procuram na Região um porto de abrigo, para viver, trabalhar e para constituir família!
NOTA BIOGRÁFICA
José Sancho Gonçalves Gomes é licenciado em Filosofia pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, e é pós-graduado em Direito Administrativo pela Universidade Católica, Faculdade de Direito, e em Gestão da Qualidade pelo Instituto Superior de Educação e Ciências.
Foi Diretor de Serviços das Comunidades Madeirenses, Migrações e Cooperação Económica, de 2020 a 2024, foi diretor do Centro das Comunidades Madeirenses e Migrações, entre 2018 e 2020, técnico especialista na área de apoio às Comunidades Madeirenses e Migrações no Gabinete do Secretário Regional de Educação, entre 2017 e 2018. Foi, ainda, adjunto do Secretário Regional dos Assuntos Parlamentares e Europeus e Coordenador do Centro das Comunidades Madeirenses e Migrações entre 2015 e 2017.