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Infeções agudas das vias respiratórias – GRIPE e COVID -19

As infeções agudas das vias respiratórias são mais comuns no inverno. A DRS informa à acerca das formas de transmissão, dos sinais e sintomas e das medidas de proteção individual contra a gripe e a COVID-19. 08-01-2024 Direção Regional da Saúde
Infeções agudas das vias respiratórias – GRIPE e COVID -19

As infeções agudas das vias respiratórias, frequentes nesta época do ano, consistem numa infeção que afeta qualquer região do sistema respiratório, como nariz, seios paranasais, faringe, laringe, brônquios, pulmão e pleura.

Ocorrem quando uma parte do trato respiratório é infetada por um microrganismo, que pode ser um vírus, uma bactéria, um fungo ou um parasita.

Estas infeções são mais comuns no inverno, estação do ano em que há maior circulação de microrganismos, uma vez que, com temperaturas mais baixas, há uma maior tendência das pessoas para permanecerem em ambientes fechados.

 

A transmissão faz-se através de contato direto (ex. através das mãos) ou de objetos contaminados por gotículas de saliva ou por outras secreções nasais de uma pessoa infetada, expelidas através da respiração, da fala, da tosse e dos espirros, tendo por veículo o ar, e que penetram no organismo de um indivíduo, não protegido, pelo nariz ou pela boca.

Os sintomas variam de pessoa para pessoa e vão depender da localização da infeção e da sua gravidade.

 

Os sinais e sintomas manifestados vão depender da área afetada, e todas as partes do aparelho respiratório podem sofrer uma infeção: nariz (rinite); seios perinasais (sinusite); faringe (faringite); laringe (laringite); brônquios (bronquite, bronquiectasia); pulmão (pneumonia) e pleura (pleurite).

As infeções virais das vias respiratórias são normalmente divididas em:

- Infeções das vias aéreas superiores: Os sintomas ocorrem principalmente no nariz e garganta, podendo ocorrer em qualquer idade, e incluem a constipação e a Gripe.

- Infeções das vias aéreas inferiores: Os sintomas ocorrem na traqueia, vias aéreas e pulmões, ocorrem com mais frequência em crianças e incluem bronquiolite e pneumonia.

Os sintomas mais frequentes das infeções das vias respiratórias superiores e inferiores são: congestão nasal, corrimento nasal (pingo no nariz), tosse, espirros, febre, dores de garganta, fadiga (cansaço), dores no corpo e musculares, dor de cabeça, lacrimejo.

Nas infeções das vias respiratórias inferiores, em alguns casos, podem evoluir com falta de ar, dor ao inspirar, dificuldade respiratória.

Algumas variantes de COVID-19 caraterizam-se pela perda de olfato ou paladar de instalação súbita e diarreia e algumas infeções virais como a Gripe, acompanham-se ainda, com frequência, de dores musculares e articulares, recusa alimentar ou falta de apetite.

Nas pessoas idosas e nas pessoas com imunossupressão, podem apresentar sintomas como:  prostração e cansaço, anorexia, e confusão mental de início súbito.

 

A Gripe é uma doença infeciosa respiratória aguda, causada pelo vírus Influenza (Tipo A e Tipo B), que muda a cada ano, e afeta principalmente as vias respiratórias, ocorrendo usualmente no inverno. Geralmente, é uma doença de curta duração e com sintomas moderados. Os doentes com mais de 65 anos ou com imunossupressão podem ter sinais e sintomas mais ligeiros, mas a recuperação pode ser mais lenta e o risco de problemas e complicações é maior.

A COVID-19 é uma doença infeciosa provocada pelo vírus SARS-CoV-2, do grupo dos coronavírus, e  que muitas vezes se manifesta com sintomas de infeção respiratória aguda.

Os seus sintomas podem ser semelhantes aos de uma gripe, ou uma condição mais grave, como pneumonia.

 

As infeções agudas das vias respiratórias, atingem todos os grupos etários, no entanto, estão em maior risco de contraírem infeções respiratórias as pessoas com idade superior a 65 anos, as pessoas com patologias crónicas (portadores de doenças respiratórias, cardíacas, vasculares, reumáticas, diabetes, doenças do sistema imunitário), cujas defesas já estão fragilizadas, grávidas, doentes transplantados, doentes insuficientes renais e crianças (cujo sistema imunitário ainda está imaturo).

 

O modo como os vírus, as bactérias, os fungos e parasitas se disseminam é muito idêntico, pelo que é importante adotar comportamentos visando a prevenção das infeções respiratórias.

Recomenda-se a adoção de diversas medidas que todos podemos realizar como forma de aumentar a proteção contra os vírus respiratórios e reduzir a sua transmissão, nomeadamente a vacinação, a etiqueta respiratória e boas medidas de proteção individual, que são recursos fáceis e adequados e que permitem a redução de infeção pessoa a pessoa, protegendo e minimizando riscos para a saúde individual, familiar e coletiva.

Quer se trate da gripe ou da COVID-19, as vacinas salvam vidas, e continuam a ser a melhor forma de combater estas doenças, evitando complicações graves ou morte.

 

 

 

Proteja-se a si e aos outros contra os vírus respiratórios, adotando as seguintes medidas:

- Ficar em casa se não estiver bem; 

- Lavar as mãos regularmente (com água e sabão) é a medida com maior eficácia na redução do risco de transmissão da infeção pessoa a pessoa; 

- Seguir a etiqueta respiratória. Tapar a boca e nariz ao tossir ou espirrar, usando um lenço de papel sempre que possível, ou usar o cotovelo dobrado (antebraço) e depois lavar ou higienizar as mãos. Os lenços de papel depois de usados deverão ser depositados no lixo, dentro de um saco plástico fechado;

- Arejar e ventilar os espaços interiores (limpar e arejar as habitações e os locais de trabalho). Trazer ar fresco para as casas abrindo janelas ou portas sempre que possível;

- Evitar aglomerações ou espaços fechados;

- Evitar o contato próximo com pessoas doentes;

- Usar máscara em espaços lotados, fechados ou mal ventilados;

- A vacinação contra a gripe e outras infeções respiratórias é a forma mais eficaz de prevenção da doença e suas complicações, principalmente em grupos de risco para o desenvolvimento de doença respiratória complicada.

 

Salienta-se ainda que adoção de comportamentos saudáveis como: manter uma boa rotina de sono; ser fisicamente ativo; controlar o stress; reforçar a hidratação e ter uma alimentação adequada, contribui em muito, para a prevenção das infeções respiratórias.


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