Antes de desenvolverem as competências de escrita, as crianças experimentam desenhar, o que constitui uma importante experiência desenvolvimental (Boscaini, 2004). Nesse momento colocam em jogo, de acordo com o seu nível maturacional, todos os elementos de inúmeros processos (psicomotor, linguístico, biomecânico) que mais tarde serão afinados, no ato da escrita. Mas ao longo do percurso escolar, nem sempre a aquisição da escrita formal decorre conforme esperado (Tseng, & Chow, 2000).
As alterações da escrita poderão estar associadas a duas perturbações do neurodesenvolvimento: Perturbação do Desenvolvimento da Coordenação e Perturbação da Aprendizagem Específica (Albaret & Santamaria, 1996).
Neste sentido, nos dias 5, 6 e 17 de dezembro, os psicomotricistas da Direção Regional de Educação tiveram a oportunidade de frequentar a formação específica para o seu grupo profissional, intitulada “A Avaliação e a Intervenção na Escrita”.
A formação foi dinamizada pela formadora Ana Rita Matias e teve como objetivo melhorar os conhecimentos dos profissionais ao nível da avaliação e intervenção de crianças com Disgrafia, relacionando com possíveis comorbilidades.
Foram discutidas, igualmente, estratégias que os psicomotricistas poderão adotar com os demais agentes educativos, tais como professores e encarregados de educação.