O presidente do Governo Regional esteve presente no dia daquela escola, onde foram premiados os melhores alunos dos 12º, 11º e 10º anos, no ano eletivo transato, bem como homenageados professores e funcionários que agora se reformam.
Neste sentido, fez questão de agradecer, em nome do Governo Regional da Madeira, «aos professores em geral, mas em particular aos professores desta escola, sobretudo aos que vão agora se reformar».
«Agradecer-lhes a dedicação e o empenho que tiveram no vosso percurso profissional, no sentido de garantir a melhor Educação, uma Educação de Excelência aos nossos alunos», acrescentou.
Aos presentes, lembrou que «o grande desafio da Madeira foi ultrapassar em duas gerações uma tragédia histórica, que era a do analfabetismo».
«Em 1976, 50% da população era analfabeta, um número dantesco. E a grande aposta que foi feita na literacia, na Educação e na formação das novas gerações foi e continua a ser a principal aposta da Região Autónoma da Madeira», salientou.
O líder madeirense relevou ainda que «foi graças ao empenho, sobretudo, da classe docente que, hoje, a Educação na Madeira tem resultados excelentes – os resultados do PISA 2022 foram fantásticos – e que vêm demonstrar que os alunos da Madeira estão a seguir um caminho de formação, de educação, que é excelente!»
Os testes PISA de 2022 vieram, recordou, colocar os alunos da Madeira, nas áreas das ciências, literatura e matemáticas, acima da média nacional e já próximos dos alunos dos países europeus com melhores índices nestas áreas, designadamente os países nórdicos e a Alemanha.
Paralelamente, perfilhou que o desafio das escolas não é, hoje, só a especialização dos seus alunos, mas também o de dotá-los de uma perspetiva multidisciplinar do mundo e de um conjunto de valores, «fundamentais para que possam distinguir o que é verdadeiro do que é falso e aquilo que é bom do que é mau».
Segundo o governante, é fundamental para a Região que as novas gerações estejam dotadas de uma boa Educação. Porque isso fará com que «a nossa Sociedade seja uma Sociedade melhor, mais esclarecida e com melhores valores, designadamente na capacidade que os nossos jovens têm de ter de distinguir aquilo que é verdadeiro do que é falso e aquilo que é bom do que é mau».
Porque, salientou, vivemos «numa Sociedade onde esses valores são muito fáceis de serem confundidos, sobretudo com as fake news, as redes sociais». Pelo que «o fundamental é que a Educação formal tenha um papel decisivo nessa área».
Questionado sobre o facto de haver escolas em professores e fechadas no Continente, enquanto que na Madeira as aulas decorrem normalmente, Miguel Albuquerque lembrou o acordo pioneiro realizado pela Região, visando a recuperação de tempo de carreira em nove anos, quatro meses e dois dias. «Tomámos esta decisão há alguns anos, no sentido de garantir a estabilidade no sector docente», enalteceu.
O governante falou ainda das obras nos estabelecimentos de ensino, salientando que os seus governos têm estado sempre «a investir nas escolas». A propósito, mostrou a sua satisfação por ter sido possível «’lançar uma obra fundamental, no quadro do Orçamento de 2024, que é a da reabilitação da Escola Básica e Secundária Ângelo Augusto da Silva». «Estamos, neste momento, a fazer a remodelação total da escola: são cerca de seis milhões de euros», frisou.
Esta é, sublinhou, a obra prioritária em termos de escolas. Depois, seguem-se, como aconteceu mais recentemente em várias escolas, «outras pequenas obras de recuperação e de manutenção, que são sempre necessárias, das infraestruturas».
Por exemplo, admitiu, «o Pavilhão do Funchal necessita de uma nova intervenção.
Mas, «as escolas que estavam mais degradadas, que eram a Freitas Branco, no Porto Santo, e a da Ribeira Brava, foram recuperadas e ficaram excecionais».
No seu discurso, Miguel Albuquerque apontou ainda para os 10 mandamentos de Thomas Jefferson, exortando os alunos a segui-los.