A propósito, o líder madeirense lembrou os 128 milhões em investimentos na habitação a preços acessíveis em curso e os apoios que vêm sendo dados às famílias através de diversas modalidades (como na ajuda a pagar prestações de crédito ou rendas, ou na comparticipação da entrada para a compra de uma casa).
O presidente do Governo Regional falava hoje durante uma visita que fez hoje à empresa “Century 21», na Rua da Carreira, uma empresa de imobiliário.
Questionado pelos jornalistas, salientou que esse investimento é para prosseguir e irá continuar, alargando-se a outras modalidades.
«Não é parar o mercado que se resolve, que isso seria absolutamente catastrófico. Não se pode parar o investimento estrangeiro na Região, não se pode parar o imobiliário, não se pode parar toda a atividade económica que está interligada com o crescimento do Imobiliário, porque isso seria suicidário», defendeu.
O que se tem de fazer é, explicou, «encontrar uma solução para colocar fogos no mercado a preços acessíveis para os residentes e famílias».
«Como é que isso se faz? Através dos mecanismos que existem, como aliás aconteceu nos anos 90, ao nível da habitação cooperativa e da habitação a custos controlados, e investindo, como estamos a fazê-lo, 128 milhões de euros em habitação a preços acessível e para arrendamento acessível», explicou.
Miguel Albuquerque diz que a prioridade é, neste momento, avançar em duas modalidades de habitação: «Dar continuidade à construção de habitação a renda acessível e dar continuidade e reforçar a construção de habitação a custos controlados, colocando os fogos a 30% abaixo do custo de mercado para as famílias, com complementos e outros benefícios ao nível das facilidades para aquisição».
A propósito, lembrou que o seu Governo tinha dois projetos para lançar agora, que não foram lançados porque o seu Governo caiu: um com 220 fogos nos terrenos do Tecnopolo e outro atrás da APEL, onde haverá mais 53 fogos para construção a preços controlados.
Para além deste, estão em construção ou já executados «um conjunto de mais de 400 fogos, alguns dos quais já foram entregues».
«Vamos continuar a fazer este investimento. A grande maioria das Câmaras Municipais têm terrenos disponíveis e nós, consoante for necessário, vamos avançar para a habitação dita cooperativa (a preços 30% inferiores aos do mercado). Recordo que se o terreno for cedido pela Câmara ou pelo Governo há logo uma diminuição de custos, se o IVA é muito mais baixo para a habitação nestas modalidades há menos custos», adiantou.
Outro apoio passa por acordos com os bancos, nos apoios para o chamado sinal ou no pagamento das prestações.
O presidente do Governo Regional diz que a habitação cooperativa, a custos controlados, é a solução, evocando o que aconteceu nos anos 90: «Foi uma resposta maravilhosa, porque permitiu resolver o problema da habitação através das cooperativas».
Por tudo isso, defende que «essa ideia socialista de controlar mercados, controlar preços, impor tetos, leva sempre a disfuncionalidades no mercado e acaba por prejudicar toda a gente».
Quanto a eventuais limites ao Alojamento Local, recorda que essa é uma decisão a tomar por cada Câmara.